27 June 2007

A burra e o vândalo

Fui ao Museu do Prado. Depois de 7 minutos na fila lá chegou a minha vez. Controlo rigoroso como se impõe num museu de tais dimensões. Mochila num tabuleiro e lá vai ela ser "radiografada". Aí apareceu a "burra" que me diz:
-A mochila tem que ficar aqui!
Eu que tinha visto tanta gente à minha frente passar com tudo e mais alguma coisa perguntei-lhe em espanholês, -Claro! Olhe lá e aquele homem que vai ali o que é que leva às costas? Uma mochila, não é?
-Ah, mas é mais pequena...(pois, pois)
Então tirei da mochila os óculos porque sem eles não valia a pena entrar, e a carteira para pagar os €6 da entrada, claro.
A minha reacção foi ir direitinho à Sala 56 para ver o "EL Bosco", que é como eles chamam ao Bosch. Chegado lá constatei que as figuras são minusculas e que com óculos ou sem eles, à distancia não via nada.
Vai daí fui à loja do museu e comprei um livro de €11,90 e nem 15 minutos depois de ter entrado já estava de saída. De volta ao "bengaleiro" apareceu-me a mesma loura que me devolveu a mochila, onde para que conste só estava um guia de Madrid, um bloco de notas e um boligrafo (esferográfica em espanhol). E bem à portuguesa atirei-lhe à queima roupa: -Ouça lá, eu fartei-me de ver malas, sacos, mochilas e até cadeirinhas de bébé, com e sem bébé. Isto assim é uma MIERDA!

À loura burra disseram-lhe: -Mochilas não entram (e pronto)!
O vândalo assim ficou desarmado.

De Espanha nem bom vento nem bom casamento.

Quer dizer, a viagem a Madrid foi debalde. As duas galerias que eu tinha selecciondado para visistar foram um desapontamento.

-Gosto muito do seu trabalho mas não temos clientes para cerâmica. O seu trabalho é muito interessante mas não se enquadra no meu projecto como galerista.
E assim voltei três dias mais cedo.

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