30 March 2008

Não há traseiro que aguente nem naifa que corte a raíz ao pensamento

Então não é que eles quiseram fazer chouriços mas afinal não tinham sangue!
Pois é. Eu conto:

A cerimónia estava marcada para dia 8 de Dezembro às 16h. Com algum atraso e vários percalços de organização a coisa lá se deu. Começaram com as menções honrosas, depois o anúnico dos premiados e finalmente do 3º prémio.

O autor subiu ao palco, cumprimentou e foi cumprimentado, teve direito a fotografia oficial e no final a um grande saco de plástico com monograma da autarquia. De regresso à cadeira o autor começou a investigar o conteúdo do saco de plástico. A saber, um calhamaço com obras do Almada Negreiros, uma brochura de promoção da autarquia e um cartão a dizer que o juri deliberou e decidiu atribuir o 3º prémio à obra "Blábláblá em 27 capítulos".

Nesta altura diz-me o meu amigo - "O que é que estás a fazer?"
- "Estou à procura de um envelope com um cheque no valor do prémio atribuido."
Mas....népia. Nem cheque, nem vale a pagar a seu tempo, nem desculpe lá mas....

Este insólito incidente aconteceu na Bienal de Aveiro.

Até à presente data os chouriços ainda não me foram entregues por a tesouraria não ter sangue.

Se o Peça ainda fosse vivo diria - "E esta hem!!"

Mas eu estou vivo e acho que provávelmente o tesoureiro ainda deve andar a correr esbaforido atrás do porco....

1 comment:

Teresa Freitas said...

Olá ,Ricardo
É uma vergonha isto passar-se com a "tão ilustre!" Bienal de Aveiro ! Será desorganização? como se explica? Desrespeito com as pessoas é.Olha, a minha solidariedade com a tua indignação!
Já agora quero-te dizer que não percebo porque durou tão pouco tempo? Eu tive pena de não ter conseguido ir ver em Dezembro e muito mais gente concerteza ,até nem deu por ela. Foi um período muito curto de exposição!
Um grande abraço
Teresa