Há quase quarenta anos vi num antiquário uma série de gravuras em que um autor de que não me lembro o nome tinha representado vários/as proprietários/as de cães. As imagens descreviam como os amantes do fiel amigo acabam por ficar parecidos com os próprios cães ou vice-versa. Este é um exercício que qualquer pessoa pode fazer observando no dia a dia as pessoas que passeiam o lulu ou qualquer pitbull.
Daí eu ter imaginado esta peça em que o cornaca que vive em símbiose com o seu elefante acaba por se parecer com ele. Ambos trombudos. A base da peça, dividida verticalmente em quatro partes, simboliza de vários ângulos as patas do elefante. O pormenor da suposta cauda do elefante ter dois pequenos olhinhos por cima corresponde a uma incontrolável tentação minha de tornar as peças mais interessantes ao observador. Nunca nada é tão simples quanto parece!
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