19 August 2007

Antes e depois ou o que eu vejo o que tu vês

A peça já seca mas ainda por "cozer"

A peça após a cozedura de vidragem (terminada)

A peça de perfil

A peça que eu imaginei foi um exibicionista que na forma clássica abre uma gabardina e expõe o orgão sexual. Mas ao fazer a peça decidi ir um pouco mais longe e dos testículos sai uma outra peça mais pequenina. Em termos de sexo ou de comportamentos sexuais sempre me intrigou porque existem tantos e tão variados. Qual será a origem do comportamento de um exibicionista? Será que os comportamentos sexuais são genéticamente transmissíveis?

Esta foi a minha intenção. No entanto quando a maior parte das pessoas observou esta peça sem qualquer explicação viu uma coisa totalmente diferente. Acharam que se tratava da "maternidade".

Se observarem bem a peça (e em geral na maior parte das minhas peças) a cabeça, os olhos, a boca ou os braços....raramente correspondem à forma humana clássica. Não quero fazer "Vénus de Milo" ou esculturas cerâmicas super perfeitas. No meu acto criativo impera a imaginação e o vale tudo. Quer dizer que os olhos de uma figura humana podem ser pequeninos como os de um porco ou que os braços podem ser duas pernas de sapateira.

Esta é a minha visão de arte em cerâmica.

Ficha técnica: peça executada em terracota com chamota, cozida a 1000ºC e decorada com óxido de manganês e vidrado de baixa temperatura.


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